Uma das características mais marcantes e diferentes das cervejas artesanais, que cada vez mais vêm ganhando mercado no país e em Pernambuco, é a cor intensa.
A bebida se torna ainda mais atrativa quando se observa também, além da cor, o aroma e textura. Esses aspectos estão diretamente ligados à definição do tipo de cerveja, revelando o malte e o seu grau de torrefação. A aparência da bebida já traz muitas informações.
De acordo com Thomé Calmon, sócio da cervejaria artesanal DeBron Bier, a cor está relacionada à receita da cerveja. “O grau de torrefação interfere não somente na cor, mas também no sabor, e é por isso que essa técnica exige prática e conhecimento por parte dos cervejeiros envolvidos no processo de fabricação da bebida”, explica. São duas as principais escalas utilizadas para medir a cor das cervejas artesanais: a europeia Europan Brewing Convention (EBC), e a Standard Reference Method (SEM), que é americana.
São essas escalas que norteiam muitas das cervejarias artesanais do mundo. A EBC pode ser aplicada ao malte, mas também à cerveja. Ela classifica como cerveja clara a que tiver a cor correspondente a menos de 20 unidades EBC. Já a cerveja escura, a que bebida que for igual a 20 unidades EBC ou mais.
A escala SRM é mais complexa. Ela se baseia na espectrofotometria, que mede a absorção de luz em comprimentos de onda (lâmbda). Os valores da escala SRM equivalem a 40% dos valores da a escala EBC, ou seja, 10 unidades EBC equivalem a 4 unidades SEM.
Essa preocupação até com a cor da bebida é mais um diferencial que favorece as cervejas artesanais, que são elaboradas respeitando o lema do “beba menos, beba melhor”.